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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

IFRS: muito foi aprendido! Temos muito aprender! (PARTE 2)


Muito foi aprendido!


A partir de 2008, nós contadores aprendemos muito com essa nova realidade. Começamos a buscar um melhor entendimento sobre alguns pontos importantes para a contabilidade, como por exemplo, ativos intangíveis, bens arrendados porcontrato de arrendamento mercantil (leasing), redução ao valor recuperável de ativos (impairment).

Falar sobre imparment no inicio parecia que causava ‘calafrios’ em alguns colegas de profissão. O que dizer então do termo ‘Fair Value’ (Valor Justo), esse causava grandes pesadelos (se ainda não causa).

Mesmo os conceitos já bem conhecidos foram revisitados, como ativo imobilizado, depreciação, investimentos em controladas e coligadas (associadas). Nesse período ainda vimos à adoção de normas internacionais para pequenas e médias empresas.

Portanto, apesar dos olhares céticos de alguns colegas contadores, inclusive de professores da área contábil, a adoção das normas internacionais de contabilidade é uma realidade na profissão contábil, resultante de um processo inevitável a pelo menos uma década.[1]

Os resultados da adoção das IFRS, até o presente momento, são positivos:

a. O Brasil implantou rapidamente as normas emitidas pelo IASB, sendo que em países desenvolvidos essa adoção ocorreu de forma mais lenta;

b. Adotamos as normas internacionais para as demonstrações consolidadas e demonstrações individuais, sendo que a IFRS são a priori emitidas para demonstrações consolidadas;

c. Os números contábeis são mais representativos na avaliação de desempenho das entidades e apresentação maior associação com a precificação de ações no mercado brasileiro;

d. O custo de capital se tornou mais barato, mesmo para aquelas empresas não tem acesso ao mercado de ações.

No campo profissional, os benefícios também são observados, como maior valorização profissional, ampliação do campo de trabalho, busca crescente por educação continuada, revisão curricular dos cursos de graduação e maior preocupação na relação entre teoria e prática (é só observar as palestras do Simpósio Brasileiro de Teoria da Contabilidade –SBTCont).

Este é um ponto muito interessante sobre a mudança de comportamento: um maior número de empresas observou que a universidade (academia) pode auxiliá-las no seu dia-a-dia, não somente no correto atendimento das novas normas contábeis, mas também na gestão financeira, tributária e de custos.

Os resultados apontam que a qualidade das informações contábeis melhorou. Esperamos que o mesmo seja verificado na área pública e na auditoria, que também estão passando pelo processo de convergência para as normas internacionais em seus ambiente.

Esse artigo foi publicado, originalmente, na 3ª edição da Revista Balanço Contábil (twitter e facebook), ano 2, agosto de 2012, e é de autoria do Professor Dr. Edilson Paulo.

A parte 1 pode ser acessada clicando aqui.


[1] Como as normas internacionais de contabilidade (IFRS/IAS) foram incorporadas pelo CPC/CFC, todos os contadores são obrigados a observar, inclusive, para as pequenas empresas.

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