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segunda-feira, 14 de março de 2011

Dividendos, Juros sobre o Capital Próprio, Bonificação e Subscrição



O pior momento da crise parece que passou e a bolsa de valores voltou a subir. Até o dia 12 de agosto, o Ibovespa (índice que reúne as ações mais negociadas do pregão) havia acumulado alta de 42,72% no ano. Um bom negócio para quem não se apavorou durante a instabilidade financeira e manteve suas ações em carteira; afinal, bolsa é uma aplicação de longo prazo [1]. Boa parte das perdas registradas nos últimos meses já foi recuperada. Agora é saber como ganhar um pouco mais de dinheiro. A melhor alternativa é escolher os papéis certos na hora certa. Veja cinco respostas a perguntas sobre ações que podem solucionar suas dúvidas e ajudar a aumentar o rendimento de suas aplicações.

1 Geralmente, os pagamentos de dividendos são feitos de quanto em quanto tempo? 

Varia muito. “A maioria das empresas faz o pagamento uma vez por ano”, diz Geraldo Soares, presidente da Associação Brasileira de Relações com Investidores (Ibri). As datas, assim como outras informações importantes, podem ser conseguidas no site da BM&FBovespa — bmfbovespa.com.br (siga o menu empresas > para investidores > empresas listadas, escolha a empresa e clique em proventos em dinheiro) —, na sua corretora ou com a própria companhia, por meio do departamento de relações com investidores (RI).
[2]

2 Por que a Justiça impediu empresas de distribuir dividendos nas datas estipuladas? 
Alguns tribunais de Justiça têm entendido que, se a companhia tem capacidade para repassar generosas fatias de lucros, então está em plena forma para arcar com suas dívidas fiscais. Em fevereiro deste ano, os dividendos da operadora de telefonia móvel Oi foram bloqueados por causa de 37 milhões de reais devidos em PIS e Cofins à União. Há poucos meses a Petrobras enfrentou problemas parecidos por causa de ações judiciais que pediam a penhora de patrimônio. As empresas envolvidas argumentam que essas dívidas ainda não estão reconhecidas e costumam oferecer à Justiça uma carta-seguro no valor devido, fazendo com que os dividendos sejam liberados.

3 Qual o período certo para comprar e vender ações e receber os dividendos? 
As empresas divulgam as datas “ex-dividendo”. A partir dela, apenas quem fechou o pregão anterior com a ação na carteira tem direito aos dividendos. O bloqueio se dá meses antes do pagamento. “Não adianta ter tido aquela ação por um período qualquer e depois vendê-la. É preciso segurá-la na carteira pelo menos até a data ex-dividendo”, diz William Alves, analista da corretora XP Investimentos, em São Paulo.

O especialista alerta que não é possível fazer especulação. “Até dá para comprar uma ação um dia antes da data ex-dividendo e vendêla no dia seguinte ao ex-dividendo. Em tese, significaria um ganho sem esforço. Mas você pode até perder dinheiro se considerar o custo da corretagem (10 reais, em média, para cada compra e venda) e a provável desvalorização dos papéis que ocorre nos dias seguintes ao ex-dividendo”, diz William.

4 Dá para montar uma carteira de ações que pagam dividendos para a aposentadoria? 
Em termos. Nos Estados Unidos, já é comum que as empresas adotem uma política estável tanto no percentual do lucro distribuído aos acionistas como na periodicidade. No Brasil, essa política começou há poucos anos e possivelmente também se estabilizará. É preciso, no entanto, tomar alguns cuidados. Renda variável sempre será um risco e exige um acompanhamento minucioso. “Nada garante que as ações boas pagadoras de dividendos de hoje continuem sendo as mesmas daqui a dez anos”, diz Edison Garcia, superintendente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), em São Paulo.

Também não dá para deixar de considerar a volatilidade dos papéis, que podem se desvalorizar em relação ao preço da época em que o investidor os comprou. “De que adianta ganhar dividendos supostamente seguros, mas perder patrimônio com a queda da bolsa? A dica é diversificar as economias em renda variável, renda fi xa e imóveis para locação”, completa o especialista.

5 Quais as diferenças entre dividendos, juros sobre capital próprio, bonifi cação e subscrição? 
Dividendos e juros sobre capital próprio são jargões que designam a parcela do lucro da empresa que cabe a você, acionista. “Para o pequeno investidor, é melhor que essa grana venha sob a forma de dividendos, que são livres de impostos. Para a empresa, é melhor distribuí-la na forma de juros sobre o capital, já que o imposto de 15% é cobrado de quem recebe. Se pudesse, a empresa pagaria mais por essa via, mas há um limite contábil para esses pagamentos”, diz William Alves, analista da XP Investimentos, em São Paulo. Bonificação, em dinheiro ou em mais ações, é quando a empresa distribui aos acionistas lucros guardados de anos anteriores que não foram usados.

Subscrição é o contrário. Quando a empresa está precisando de dinheiro e aumenta o capital de ações negociadas na bolsa de valores. “Ora, se mais partes da mesma empresa serão divididas, quem já é sócio teria o valor da sua parte proporcionalmente diminuída. Há, então, uma chance de o acionista comprar mais ações para poder aumentar sua participação por um preço promocional temporário”, diz William.

Fonte: Você S/A

[1] Nesse caso, depende do objetivo do investidor e do nível de aceitação de risco. Eu costumo trabalhar com empresas para o longo prazo, mas nada me impede de entrer a curto ou médio. Varia de pessoa para pessoa;

[2] Eu costumo olhar, de vez em quando, a agenda de dividendos;

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